Enredo 2 - A Queda do Traidor

1 ano se passou depois que os heróis recuperaram a memória dos deuses, entretanto, nem sinal de saberem onde Mnemosine estava.
No mundo todo as crises de Alzheimer aumentavam significativamente, era como se os efeitos da falta de Mnemosine começassem a surgir com força. Algumas pessoas, ainda que muito jovens, estavam sofrendo de perca de memória recente e a longo prazo e os campistas, assim como os deuses, sentiam que a aura de Mnemosine a cada dia ficava ainda mais fraca.

Temerosos que a existência da deusa que ajudou a todos fosse extinta, deuses e semideuses procuravam por ela incessantemente.

Nestes doze meses que os Deuses recuperaram suas memórias eles ajudaram o acampamento a se tornar um local seguro em forma de agradecimento. Juntos os Olimpianos ergueram ao redor do acampamento uma barreira mágica que os protegeria contra monstros e criaturas, pois estes jamais poderiam ultrapassar os limites estipulado pelos deuses. Chalés foram feitos, um para cada deus, assim os semideuses seriam divididos por progenitor. Um enorme pavilhão para fazer suas refeições. Um local reservado para arte. Uma quadra de esportes. Uma arena para treinos. Um arsenal abençoado por Ares, cheio das mais diversas armas; e um anfiteatro para cultuarem as artes. Tudo isso fora feito pelo deuses para que os semideuses tivessem o treinamento adequado e uma vivência segura e feliz.

Os semideuses sabiam que tinham que encontrar Mnemosine o quanto antes, por isso pediram ajuda de Atena e Hefestus para que criassem uma espécie de localizador da essência de Mnemosine. Jade, muito boa nas ciências biológicas, contribuiu pessoalmente para ajudar os deuses nesta façanha e assim foi criado uma engenharia que serviria para ler a aura de Mnemosine.

Foram diversas e diversas viagens intermitentes, por todo o mundo. Os semideuses já estavam sem esperança e quanto mais demoravam para triangular a presença de Mnemosine, mais fraca ficava sua essência e mais difícil se tornava encontrá-la. Por dedo das Moiras, ou simplesmente por sorte de Tikhe, eles conseguiram achar um local onde as leituras da essência da Deusa estava bem mais forte que em qualquer outro local do mundo que já foram.

Os semideuses entraram praticamente de imediato no local para ver a deusa presa em tubos em um galpão escuro e frio. Seus sinais vitais estavam quase se apagando, ela sequer estava consciente. Precisavam tirar Mnemosine daquele lugar imediatamente. O único problema? Ela estava dentro de uma prisão divina cujo qual nenhum dos semideuses ali presentes tinham forças suficiente para destruir.
Os campistas, certos de que não tinham mais tempo, oraram aos deuses para que ajudassem a principal salvadora deles. Zeus e os demais Olimpianos complacentes com a causa deram forças aos semideuses e em um clarão forte, como um raio caído dos céus, a prisão se espatifou em diversos pedaços, dando passagem aos semideuses que mexiam nos computadores daquele esquisito laboratório a fim de tirar a deusa do tubo que drenava sua essência divina.

Mnemosine era a única que sabia e detinha de toda a verdade por trás do golpe ao Monte Olimpo, a liberdade dela significava a morte para o traidor dos deuses, por isso, ele jamais deixaria os semideuses saírem dali com a deusa.
O traidor mandou diversos dos seus lacaios para acabar com a raça dos semideuses que viviam em apuros tentando fugir e voltar para o acampamento carregando consigo uma deusa desacordada. Mnemosine recuperou um pouco de sua consciência no meio do caminho, usando o pouco de força que lhe restava para os teletransportar para o acampamento, mesmo que não fosse de fato o lugar mais seguro para ir no momento, visto que o traidor não era uma criatura e, sim, um deus.

A deusa ficou poucos dias lá recuperando suas forças até em fim poder voltar para suas atividades laborais. Zeus a convocava com urgência, mas Mnemosine primeiro queria cuidar da crise de alzheimer que se instaurou no mundo em sua ausência.

Neste meio tempo que Mnemosine fazia seus trabalhos, o traidor, que outrora sacou que seria derrotado, fugiu. Uma força sobre-humana, algo divino, o engoliu por completo apagando sua existência do universo. Perante isso, para não causar outros conflitos entre os deuses que já desconfiavam uns dos outros, causando diversas brigas e intrigas, Mnemosine se absteve de citar o nome do traidor, apenas informou que dentre todos os deuses ali presente, nenhum era o traidor.

Foi assim que se findou essa história, mas algo ainda mais maligno que o traidor vinha por ai. Afinal, na vida de um semideus é um passo para frente e dois para trás, a cada uma vitória, duas derrotas os aguardavam.


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