Enredo 5 - O Rapto de Hécate
Dois anos se passaram após o incidente com Ofion. Os semideus encontraram um longo periodo de paz novamente, mas pelos nuânces da vida de semideus, sabiam que não duraria muito, por isso treinavam diariamente para a próxima ameaça. Mal sabiam que a próxima ameaça era um deles, ou melhor, três dos deles.
Novos campistas chegavam quase todos os dias, dentre eles um asiático chamado Junhee e dois ocidentais. Eles não se conheciam, mas chegaram praticamente juntos. Não faziam ideia de quem eram filhos e todo esse mundo místico era novo para eles.
Junhee rapidamente se fascinou por tudo, apesar de sua face sempre ter a mesma expressão neutra suas curiosidades deixava claro que o rapaz tinha grande interesse no conhecimento pelo mundo que viviam. Os outros dois não eram diferentes, mas ao invés de se animarem somente pelo lado mistico das coisas, eles se animaram descobrindo seus novos poderes e habilidades. Eles se divertia e evoluíam rápido, mas a grandeza entorpeceu suas vistas. Eles queriam mostrar para o mundo mortal o poder que tinham, queriam mostrar que do que eram capazes e queria ajudar aos mortais como viam em HQs e Quadrinhos japoneses. A vida, entretanto, não era somente o preto no branco como imaginavam, eles não compreendiam o porque não podiam o fazer até terem a explicação de que a Névoa, atualmente moldada e manipulada por Hécate, a deusa dos rituais mágicos e caminhos, cobria o mundo e dividia o que os mortais viam do real mundo.
Os semideuses estavam convictos de que poderiam ajudar muito mais o mundo se fossem vistos como heróis pelos mortais, mesmo com todos os adendos e chamadas de atenção que recebiam pela ideia utopia que queriam seguir.
Junhee tinha uma visão diferente, mas o objetivo deles se conectavam. O asiatico não achava que eles deveriam ser tratados como heróis, pelo contrário. Junhee tinha crença que os mundos não podiam ficar divididos, que os deuses seriam mais fortes se todos soubessem de sua existência e ele estava certo neste aspecto, entretanto, a decisão ainda assim não era sua. Junhee tinha fé que o mundo deveria saber sobre a existência dos deuses e os dois colegas tinham fé que o mundo deveria saber sobre eles e os tratar como heróis, não demorou muito para uma aliança ser formada.
Eles se intitularam de Triunvirado em homenagem aos imperadores antepassados. Tinham um único e claro objetivo: Raptar Hécate e mostrar ao mundo o mundo mítico e todas suas maravilhas.
O dia tão aguardado chegou, eles se juntaram, reviram todo o plano e iniciaram a execusão.
Um dos três orou para Hécate. A deusa, desatenta as reais intenções, atendeu o chamado do rapaz. Pelas costas os dois outros a prenderam em uma prisão divina. Item que obtiveram ao estudar sobre como Mnemosine havia sido presa pelo Traidor. Claro que a deusa resistiu antes de definitivamente ser presa. Ela conseguiu matar os dois ocidentais que estavam junto de Junhee, mas o asiatico parecia um monstro, pois nem diante da morte de seus comparsas ele alterou sua fria falta de expressão.
O rapaz seguiu com o plano sozinho. Usou a essência divina de Hécate para manipular a Névoa a seu favor, a fazendo recuar e assim fundindo o mundo mítico e o mundo mortal em um só novamente, como sempre deveria ser.
Junhee discordava das pessoas que acreditavam que seu panteão era mito, ele não suportava saber que tudo aquilo era real mas os deuses optaram por serem profanados, tratados como mitologia.
O acampamento rapidamente fora responsabilizado por cuidar de Junhee e trazer a normalidade. Afinal, ele era um problema deles.
Não fora difícil encontrar Junhee, ele havia levado a prole de Selene consigo e através da Aura dela o acampamento chegou a ele, entretanto, saber onde ele estava não significava nada. O acampamento levou em torno de 10 heróis para recuperar e libertar Hécate, mas não parecia ser suficiente. O poder da prole da Oportunidade era extremamente forte. Kairós, o pai divino de Junhee, era a personificação da Oportunidade, o rapaz manipulava a probabilidade a seu favor e, em 1 único minuto, foi capaz de acabar com todos os semideuses sem muito esforço naquela ocasião.
Os semideuses voltaram para o acampamento machucados, todavia, ao menos Junhee deixou a prole de Selene ir com eles.
Nos próximos confrontos dos semideuses com a prole da Oportunidade, nada de diferente. Depois de muita conversação, foi a própria Hécate que ensinou e explicou a Junhee o porque ele não deveria misturar os mundos, assim, o herói arrependido libertou a deusa que restaurou o equilíbrio do mundo com a ajuda de Mnemosine, que apagara o fato dos últimos acontecimentos da vida dos humanos.