Enredo 9 - Gregos Vs. Romanos
Já se perguntou em qual forma os deuses são mais conhecidos? 90% da população mundial conhece e retrata os deuses na sua forma Grega. Isso faz com que suas formas romanas muitas vezes sejam desconhecidas e mais, faz com que deuses que são unicamente romano percam suas forças por falta de conhecimento no mundo a fora, deuses estes como Belona, Lares, Penates, Diparates e outros.
Os romanos eram orgulhos, apaixonados por sua nação e não aceitavam esta condição. Graças a Roma os deuses quando passaram de gregos para suas formas romanas se tornaram ainda mais fortes e resistentes mentalmente. Graças a Glória de Roma, os deuses gregos continuaram tendo visibilidade por centenas de anos, mas a verdade é que o mérito era todo do Império Romano.
Os deuses romanos estavam cansados desta condições, estavam cansados de serem tratados como segundo plano sendo que, claramente, a cultura dos gregos só vive até hoje por causa deles. Foi graças aos seus descendentes que a cultura grega pudera ser cultivada e, veja só, agora eram desprezados e tratados como ninguém.
Perante essa situação, os Romanos se reuniram e decidiram tomar providências contra isso. O objetivo era apagar a existência do panteão grego e deixar unicamente a de Roma. Para concretizar esse plano, anunciaram Belona como líder. Belona era a Fúria da Guerra, além de deusa das armas e combates. Ela era mais forte e poderosa que Marte e tão sábia e estrategista quanto Atena. Belona era a junção do que há de melhor em ambos os deuses, um combo imparável e não existia ninguém melhor que ela para liderar a situação.
Belona era esperta como ninguém, astuta e conhecia bem as artes da guerra. Ela sabia jogar e sabia como iniciar seu primeiro movimento neste tabuleiro. A primeira coisa que a deusa da guerra fez foi convocar o Neuro do Equilíbrio Sayuro. Os Neuros, como são conhecidos, são deuses a nível de Caos, criadores de universos, existêcias e afins.
Sayuro enviou uma criatura como seu representante para a reunião com Belona. Essa criatura era intitulada de Sasayuno. Um ser voltado para cumprir a justilça e fazer jus as causas de menor perda, a mais justa e leal, aquela que manteria a paz e o equilíbrio seguros. Convencer esse ser era o mesmo que ter o poder de um Neuro ao seu lado e esta jogada nem mesmo os primordiais conseguiram prever.
Após convencer o Sasayuno que sua causa era a mais justa forma de fazer as coisas, trazer a justiça e manter o equilíbrio, Belona ordenou que sequestrassem Clio, a deusa da História. Ela seria responsável por apagar toda a história dos gregos e reformular para enaltecer e deixar apenas o panteão romano existindo.
O sequestrou deu tudo certo, ocorreu tudo conforme o planejado. Belona trancafiou Clio, a musa da História, em uma das torres de sua fortaleza.
Não demorou muito para o acampamento tomar conhecimento do sequestro de Clio e enviar um grupo de semideuses para a fortaleza de Belona afim de resgatar a História. Não foi nada fácil chegar próximo a fortaleza e invadir era uma total burrice, afinal, não se invade a fortaleza da deusa das armas, como diz o personagem Perigo de Everbody Hate Chris: "Tem armas lá".
A missão teria que ser furtiva, uma invasão que ninguém notasse. Eles entrariam, pegariam a Musa, e sairiam tão rápido quanto entraram.
Este era o plano, mas vida de semideus não é fácil. Quando entraram na fortaleza, o plano todo foi por água a baixo. A fortaleza era uma enorme estrutura independente. Os lugares estavam constantemente se alterando e diferente de estruturas comuns onde você segue por um corredor para chegar onde deseja, nesta fortaleza você tinha que entrar em uma sala para sair em outra totalmente diferente. Era um enorme labirinto constante imapeável. Haviam escadas invertidas, cômodas presas no teto como se aquele fosse seu chão, era uma total bagunça a fortaleza.
Por sorte ou ajuda das Moiras, os semideuses acabaram abrindo uma porta que os jogaram no jardim.
Brigitte, a filha do deus da Morte Violenta, invocou um dragão para levar eles para as torres, a procura de Clio. O único e mais idiota problema nesta decisão é que os soldados OBVIAMENTE viram um enorme dragão levantando voo em seu jardim.
Os semideuses foram atacados de diversos lados por flechas flamejantes e explosivas, isso desestabilizou o voo deles que tiveram que pousar de qualquer forma em um corredor aberto de uma das torres. Agora a procura teria que ser interna, eles teriam que seguir corredor por corredor para achar a torre que Clio estava presa. No percurso, o grupo de campistas ia diminuindo cada vez mais uma vez que sempre eram cercados por fortes soldados, assim tendo que ficar um ou outro da equipe como distração enquanto os demais seguiam o percurso a procura da Musa.
Quando finalmente chegaram no corredor certo cometeram o erro mais mortal de toda suas existências. Eles não falaram muitas palavras ou exigiram muitas explicações, chegaram atacando o pequeno ser que se encontrava diante da porta onde Clio gritava por ajuda.
Em um simples movimento, o Sasayuno devolveu o golpe dos campistas pelo menos 2x mais forte e poderoso que o original, matando metade dos campistas que estavam ali. Os que sobreviveram se levantam, extremamente feridos e, foi nesta ocasião, que aprenderam uma das primeira lições que carregaram para vida: Nunca ataque sem antes conhecer o procedimento e o que se passa, nunca ataque sem conhecer seu adversário e saber porquê ele luta.
O Sasayuno questionou aos sobreviventes o motivo do ataque desnecessário e inoportuno. Os semideuses iniciaram sua explicação, tentando convencer o ser de soltar Clio, mas este recusou, iniciando suas próprias explicações.
Sasayuno pontuou que não era justo deuses do panteão Romano estarem morrendo e se apagando aos poucos por causa da falta de conhecimento dos mortais em seus nomes e existências. Se os gregos tinham formas romanas, então era simples fundir os dois panteões em um só e apagar da história o panteão grego.
Os semideuses ouviam atentamente, mas quando notaram que seu panteão seria apagado, discordaram de Sasayuno. Aquilo não era justiça, tampouco equilíbrio. Mas a verdade é que a justiça é relativa e está apenas nos olhos de quem a vê. Para os romanos, aquilo era sua forma de justiça e equilíbrio, mas para os gregos, aquilo era calamidade. Sasayuno tomou esse posicionamento como puro egoísmo. Afinal, os gregos podem viver somente com o panteão romano, mas os romanos não podem se os mortais exaltarem somente os gregos.
Foram horas de discussão de pontos, mas os heróis estavam cedendo, eles concordavam com aquela criatura, afinal, no mundo inteiro só existe estatuas de deuses em sua forma grega. Até o próprio império romano é visto e conhecido por causa da origem antepassada de Eneias. Por causa dos Gregos. Isso de fato não era justo. Eles ficaram tão centralizados nas suas vidinhas que não notavam o abandono que fazia aos seus semelhantes. Entretanto, mesmo que concordasse com o faço da necessidade de justiça para com os romanos, eles não concordavam com o método. Apresentaram diversos argumentos, mas nenhum parecia convencer o ser de que aquela não era a forma mais justa de trazer equilíbrio e satisfação a ambas as partes.
Os semideuses pontuaram a cultura, pontuaram os costumes, pontuaram a visão e personalidade dos deuses que eram diferentes ainda que representassem quase os mesmo deuses em ambos os panteões. A petulância dos semideuses já fora longe demais, eles sequer conseguiam argumentar e mesmo sabendo agora que Sasayuno era um ser da paz, eles novamente o atacou, resultando na morte de todos os campistas ali presentes.
A única que escapou da morte foi Brigitte que usou dos seus poderes para enviar uma mensagem ao acampamento. De imediato os conselheiros apareceram na fortaleza de Belona e alcançaram os mortos, recolhendo o corpo de um por um dos bravos guerreiros.
Sasayuno questionou a eles o que os motiva, os conselheiros explicaram tudo que já lhes aconteceu até chegarem até ali. A desconfiança constante por ter a possibilidade de surgir traidores entre eles que acabariam com a raça novamente, com o medo constante dos deuses tomando decisões drásticas que resultam somente na morte de diversos dos deles. Ao ouvir isso, Sasayuno pontuou que os romanos apenas estavam fazendo a mesma coisa que eles, lutando pelo medo constante de desaparecer.
Pela primeira vez, em todo aquele dia cansativo, os campistas sentiram remorso. Eles não faziam ideia que os romanos viviam desta forma. Como pessoas que vivenciavam aquilo não desejavam isso a ninguém, nem mesmo ao pior inimigo.
Sasayuno ao ver o arrependimento dos semideuses deram uma chance deles concertarem as coisas. Ele daria a oportunidade dos campistas fazerem algo para ajeitar aquela situação, uma forma de satisfazer ambos os lados e ninguém sair no prejuízo, em troca, ele pessoalmente lidaria com Belona e soltaria a Musa da História.
Os campistas não perderam tempo, planejaram e replanejaram o que iam fazer, decidiram procurar os heróis gregos e lhes oferecer um lar, um lugar no acampamento. Anteriormente, a anos atrás, todos os semideuses foram instintos, o acampamento Meio-Sangue, local para semideuses gregos, foi reconstruído, mas o romano infelizmente não tivera a mesma sorte.
Além disso, eles adoraram todos os deuses romanos, erguendo estatuas pelo mundo e alterando estatuas de deuses em sua versão grega para sua versão romana. Eles espalharam na nevoa a tendências aos historiadores retratarem os deuses em ambas as suas versões, explicando suas diferenças e suas semelhanças além, é claro, de sempre citar aqueles que eram puramente romano, dando os créditos dos feitos do império romano somente para suas partes respectivas a esse panteão.
Ao fim, Sasayuno levou uma lição mortal para isso e ensinou uma lição aos semideuses. A desigualdade existe, aqui neste enredo representada com os panteões gregos e romanos, mas no mundo a fora existem diversas formas de desigualdade. Reconhecer que existe é o primeiro passo, mas diferente do que pregam as aulas de sociologia, não é o suficiente, não basta você reconhecer que existe sim desigualdade, seja social ou racial, ou até mesmo outras formas como a de gênero. Reconhecer não é o bastante, devemos, ao tomar conhecimento sobre, lutar contra e foi o que nossos heróis fizeram. Lutaram contra o preconceito, lutaram contra a desigualdade. Só assim teríamos certeza que estavámos fazendo o que era melhor para todos.
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